Bebês Reborn em Foco: Caso de Mineira que Levou Boneco ao Hospital Viraliza e Gera Reações de Políticos

Nos últimos dias, os chamados bebês reborn — bonecos hiper-realistas que se assemelham a recém-nascidos — voltaram aos holofotes após um episódio envolvendo uma jovem mineira que levou seu boneco a um hospital e viralizou nas redes sociais. O caso reacendeu o debate sobre os limites do cuidado simbólico e provocou reações no meio político, com a apresentação de projetos de lei que visam regulamentar esse tipo de situação.

O Caso de Yasmin Becker

A protagonista do vídeo que causou grande repercussão é Yasmin Becker, de 17 anos, moradora de Janaúba (MG). Criadora de conteúdo voltado ao público infantil, Yasmin compartilhou em seu perfil no Instagram e TikTok um vídeo em que leva seu boneco reborn, chamado Bento, a uma unidade de saúde alegando que ele “não estava se sentindo bem”.

Com riqueza de detalhes, Yasmin montou uma bolsa com mamadeira, fraldas e roupas, chamou um carro de aplicativo e seguiu para o hospital. Na simulação, a enfermeira chegou a pesar o boneco e calcular a “dosagem do medicamento”. O vídeo termina com a “alta médica” do boneco e já acumula mais de 1,5 milhão de visualizações, gerando comentários que vão da ironia ao apoio.

“Meus vídeos são para crianças. Os adultos é que não entendem e acham que estou tratando como se fosse um bebê de verdade”, explicou Yasmin em entrevista à revista Crescer. Ela também revelou que estava no hospital para visitar um recém-nascido da família e levou o boneco, como costuma fazer em suas saídas.

Reações e Propostas de Leis

Apesar do tom lúdico do vídeo, o episódio acabou repercutindo além das redes. Deputados estaduais e federais, sobretudo ligados a pautas conservadoras, viram no caso um sinal de alerta e começaram a propor leis que visam impedir o uso de bonecos reborn em serviços públicos de saúde e coibir o “uso indevido” de recursos voltados a crianças reais.

Entre as propostas:

Em Minas Gerais, o deputado Cristiano Caporezzo (PL-MG) quer proibir o atendimento de bonecos reborn em hospitais, sob pena de multa.

Em São Paulo, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) propôs multa de até R$ 50 mil a clínicas privadas que prestarem atendimento a bonecos.

Em Goiás, o deputado federal Zacharias Calil (União Brasil) apresentou projeto para penalizar quem utilizar bonecos para obter atendimento prioritário.

Em contrapartida, a deputada Rosângela Moro (União-SP) defende o acolhimento psicossocial de pessoas que desenvolvem vínculos com objetos como forma de elaborar traumas ou perdas.


Entre o Lúdico e a Preocupação

O debate mostra o quanto a linha entre o entretenimento e questões emocionais pode ser tênue. Para Yasmin, tudo não passou de uma brincadeira para o público infantil — e sua mãe, Melanie Becker, reforça: “É o hobby dela. Algo que faz com carinho e dedicação. Nunca vi nada de errado nisso.”

Contudo, para parte da sociedade e dos parlamentares, a cena foi interpretada como um alerta para possíveis distúrbios psicológicos, especialmente se o comportamento se generalizar.

Por Fim

A onda dos bebês reborn levanta reflexões profundas sobre liberdade de expressão, saúde mental, uso de recursos públicos e os limites do simbólico. Enquanto o caso de Yasmin continua gerando debates nas redes, o tema ganha espaço nos parlamentos e pode, em breve, gerar mudanças reais na legislação brasileira.

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