No dia 24 de abril, a cidade de Descalvado confirmou o primeiro caso de febre amarela em um macaco encontrado na zona rural do município. A descoberta mobilizou imediatamente a Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, que se deslocou até a região para realizar uma investigação minuciosa.
Durante a ação, a equipe inspecionou o local em busca de outros animais, vivos ou mortos, além de orientar os moradores e iniciar a vacinação das pessoas que vivem no entorno da área. A medida visa prevenir a disseminação da doença e reforça o compromisso da Prefeitura de Descalvado com a saúde pública, atuando de forma rápida e responsável.
A febre amarela é uma doença viral grave, com alta taxa de letalidade, transmitida por mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes, e, em áreas urbanas, pelo Aedes aegypti — o mesmo transmissor da dengue, zika e chikungunya. Tanto humanos quanto primatas não humanos (PNH) podem ser acometidos pela infecção.
Os sintomas iniciais incluem febre, calafrios, dores no corpo, náuseas e vômitos. Após uma aparente melhora, os sintomas podem retornar de forma mais intensa, com diarreia e vômitos escuros. A icterícia — coloração amarelada nos olhos e na pele — é um dos sinais mais característicos da doença.
A Vigilância esclarece que os macacos não transmitem a febre amarela. Eles funcionam como sentinelas, pois indicam a presença do vírus em determinada área. A transmissão ocorre exclusivamente pela picada do mosquito infectado.
A Secretaria de Saúde orienta que, ao encontrar um macaco morto ou doente, a população não deve tocar no animal e deve comunicar o fato imediatamente às autoridades de saúde. A vacinação continua sendo a principal forma de prevenção contra a febre amarela.
